O importante é reconhecer que
tais sintomas urinários estão associados ao aumento de volume da próstata
que, por sua vez, pode ser provocado por três tipos principais de problemas:
- Hiperplasia
Prostática Benigna (HPB);
- Câncer de
Próstata;
- Prostatite.
A próstata nunca dói. Por isso, só e possível
saber se ela está com problemas por meio de exames médicos. O grande segredo
para prevenir qualquer doença ou, pelo menos, para minimizar seus problemas,
é sempre procurar orientação médica tão logo apareçam seus primeiros sinais
e sintomas.
Vale ressaltar também que a partir dos 40 a 45
anos, todo homem deve procurar um urologista anualmente para fazer uma
avaliação clínica da próstata, ainda que esteja se sentindo bem e não tenha
histórico de câncer na família.
Nos casos de enfermidades da próstata, a
conduta é exatamente a mesma: não perder tempo com especulações e procurar
imediatamente um médico quando surgirem os seguintes sintomas:
- jato urinário cada vez mais fraco;
- dificuldade ou demora para iniciar a
micção;
- necessidade frequente de urinar;
- acordar à noite para urinar;
- interrupção involuntária do jato
urinário;
- presença de sangue na urina;
- dor ou sensação de queimação durante a
micção;
- urgência (sensação de que não pode
segurar a urina);
- sensação de esvaziamento incompleto da
bexiga.
Para facilitar a decisão terapêutica e
determinar o grau de severidade dos sintomas, vem sendo recomendada a tabela
do "Escore Internacional de Sintomas Prostáticos".
ESCORE INTERNACIONAL DE
SINTOMAS PROSTÁTICOS |
No último mês... |
Nenhuma |
Menos de 1 vez em 5 |
Menos da metade das vezes |
Metade das vezes |
Mais da metade das vezes |
Quase sempre |
1.
Quantas vezes ficou a sensação de não esvaziar totalmente a
bexiga? |
0 |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
2.
Quantas vezes teve de urinar novamente menos de 2 horas após ter
urinado? |
0 |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
3.
Quantas vezes observou que, ao urinar, parou e recomeçou várias
vezes? |
0 |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
4.
Quantas vezes observou que foi difícil conter a urina? |
0 |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
5.
Quantas vezes observou que o jato urinário estava fraco? |
0 |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
6.
Quantas vezes teve de fazer força para começar a urinar? |
0 |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
7.
Quantas vezes, em média, teve de se levantar à noite para urinar? |
0 |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
Escore total dos sintomas |
x |
x |
x |
x |
x |
x |
Escore total |
x |
Escore de sintomas prostáticos
O Escore de
Sintomas Prostáticos pode ser interpretado pelo seu médico considerando três
categorias:
- Leve: 0 a 7;
- Moderada: 8 a 19;
- Severa: 20 ou mais.
Nota: A correta interpretação desses
resultados somente pode ser feita com a participação direta de seu médico.
Muitos desses sintomas podem estar
presentes em diferentes doenças da próstata:
- Prostatites infecciosas e não
infecciosas;
- Hiperplasia Prostática Benigna;
- Câncer de Próstata.

Produto de Prostatovesiculectomia radical para
câncer de próstata
Excluindo o câncer de pele, o câncer de
próstata é, hoje em dia, comumente diagnosticado em homens de todas as
idades nos Estados Unidos. Em 1990 cerca de 100.000 novos casos de câncer de
próstata foram diagnosticados, dos quais 20.000 afetavam homens com idade
superior a 65 anos. Durante 1990, ocorreram 30.000 mortes causadas por
câncer de próstata, o que faz com que esse tipo de câncer seja o segundo
mais fatal para homens de todas as idades e o mais fatal para aqueles com
idade superior a 55 anos. Estudos epidemiológicos indicam que 1 em cada 11
homens brancos nos Estados Unidos desenvolverão câncer de próstata
clinicamente significativo. O risco entre os homens negros é ainda maior: 1
em cada 10 desenvolverão essa neoplasia. A incidência anual de câncer de
próstata vem aumentando muito nas últimas seis décadas.
O câncer de próstata constitui, atualmente, a
neoplasia mais freqüente do homem, representando 21% do total de casos e
tendo ultrapassado em freqüência os tumores de pulmão e cólon. O
comportamento biológico inconstante desta neoplasia, com crescimento por
vezes indolente e pouco agressivo, faz com que a proporção de óbitos pela
doença seja inferior a dos casos de câncer do pulmão e cólon.
O número de casos de câncer de próstata varia
geograficamente, com áreas de maior ou menor prevalência. Na cidade de
Shangai (China), a incidência de novos casos por ano é de 0,8% por 100.000
habitantes e em algumas cidades dos Estados Unidos, como Atlanta, a doença é
identificada em 100 por 100.000 habitantes, o que corresponde a uma
incidência 120 vezes maior. Na cidade de São Paulo (Brasil) são
diagnosticados 22 novos casos novos por 100.000 habitantes a cada ano.
Embora nos Estados Unidos o câncer de próstata seja duas vezes mais
frequente nos indivíduos negros do que em brancos, isto não parece se
repetir nos demais países. No Brasil esta forma de neoplasia parece ser
menos comum em negros. Este tipo de câncer é bastante raro antes dos 50 anos
e sua incidência aumenta progressivamente com a idade. Cerca de 60% dos
homens acima dos 80 anos apresentam neoplasia primária da próstata quando a
glândula é estudada através de cortes seriados. Apenas 5% desses casos
manifestam-se clinicamente, indicando que os tumores descobertos
incidentalmente têm uma evolução mais benigna.
Embora exista alguma controvérsia quanto ao
comportamento biológico do câncer de próstata em indivíduos jovens, algumas
observações sugerem uma maior agressividade do tumor nesse grupo etário.
A incidência de câncer de próstata é um pouco
mais elevada em famílias de portadores da doença. Esta constatação e a maior
prevalência destas neoplasias em certas áreas geográficas, sugerem a
influência de eventual fator genético no aparecimento do câncer da próstata.
Os tumores da próstata só produzem
manifestações clínicas quando a neoplasia atinge a cápsula prostática, ou
seja, quando a doença já se apresenta relativamente avançada. Nas fases
iniciais o tumor só pode ser identificado através de exames clínicos de
rotina, o que justifica a realização do toque retal anual em todo o homem
com mais de 50 anos de idade.
O toque retal representa a forma mais acurada
de se identificar casos de adenocarcinoma da próstata, sendo sua
sensibilidade de 67% a 69% (chance do exame ser positivo em caso da doença)
e sua especificidade de 89% a 97% (chance de se encontrar câncer quando o
exame é positivo). Comparado a nove outros métodos, o toque retal provou ser
o mais eficiente no diagnóstico precoce do câncer de próstata (câncer
urológico).
Prostatites
É qualquer condição associada à inflamação ou
infecção da glândula prostática. Ocorre raramente em jovens, porém com muita
frequência em homens adultos, aumentando a incidência com a idade. Estima-se
que a prostatite seja responsável por cerca de 25% das consultas médicas
anuais dos homens, em consequência de queixas referentes ao aparelho
gênito-urinário. De fato, é a doença urológica mais comumente diagnosticada
em homens. Cerca de 50% dos homens adultos desenvolvem alguma prostatite
durante a vida.

A prostatite é causada por bactérias ou outros
organismos infectantes que chegam na próstata vindos da bexiga, dos rins ou
de um contato sexual com uma pessoas infectada. O uso de camisinha durante o
ato sexual pode prevenir uma infecção. Uma outra causa da prostatite pode
ser devido à hiperplasia
prostática benigna (HPB), que pode causar um refluxo da urina depois
da micção, fazendo com que esta penetre na próstata. Um químico presente na
urina irrita os tecidos da próstata, causando uma inflamação.
As prostatites podem ser classificadas como:
-
Agudas:
há sempre a participação de um agente infeccioso, representado em
geral por certos micróbios, como bactérias. Em certos casos, podem
surgir febre e calafrios, exigindo consulta médica sem perda de
tempo;
-
Crônicas: a causa é sempre constituída também por uma bactéria. Seus
sintomas, porém, são mais discretos muitas vezes representados por
infecção repetida da bexiga (cistite).
-
Prostatites
não-infecciosas: Embora sua causa permaneça desconhecida, a
sintomatologia é muitas vezes expressiva, requerendo o uso de
medicamentos, como os chamados "alfa-bloqueadores", que relaxam o tecido
muscular da próstata, reduzindo a dificuldade de urinar.
A glândula prostática pode infectar-se por
bactérias através da:
- Via ascendente, na qual a urina pode
refluir para dentro dos dutos prostáticos, geralmente ocorrendo após
instrumentação da uretra ou bexiga;
- Via hematogênica, por disseminação de
bactérias, como infecções estafilocócicas agudas, tuberculose ou
infecções fúngicas profundas;
- Contaminação direta a partir do reto,
através de ductos linfáticos.
De modo geral, o risco de uma prostatite
aumenta em pessoas que:
- Tiveram, recentemente, um instrumento
médico inserido no trato urinário;
- Praticam sexo anal;
- Possuem alguma anormalidade no trato
urinário;
- Tiveram recentemente, ou têm
frequentemente, infecções de bexiga;
- Desenvolveram
HPB.
Os sintomas de
uma prostatite causada por bactérias são normalmente severos, fazendo com
que a diagnose seja rápida. Incluem febre, calafrios, dor na porção baixa
das costas e na região pélvica, fatiga e micção dolorida ou frequente. Os
sintomas de uma prostatite causada por agentes não bacterianos são
semelhantes, podendo também incluir desconforto nos testículos e na uretra,
sangue na urina ou na ejaculação, dificuldades durante o ato sexual e micção
frequente.
Exames
Além do escore
de sintomas, o médico precisa reunir outras informações para diagnosticar
com certeza o tipo de problema que o paciente prostático apresenta. Assim,
se você já passou dos 40 anos e tem queixas urinárias sugestivas de
alteração prostática, sua consulta médica vai obedecer às seguintes etapas:
-
História
clínica - Interrogatório sobre suas queixas urinárias, passado cirúrgico,
medicação em uso e outras eventuais doenças (no passado e/ou atuais);
-
Exame
físico - Além do exame geral, seu principal ponto é o toque retal,
através do qual o médico pode avaliar diversos aspectos da próstata:
volume, consistência, nódulos, limites, sensibilidade. Contribui também
para orientar sobre possíveis alterações neurológicas associadas.
Uma vez
detectadas alterações prostáticas que precisam ser mais bem esclarecidas,
seu médico vai encaminhá-lo para o urologista, especialista em doenças do
trato urinário e do sistema reprodutivo masculino.
Toque retal
 |
É uma técnica
simples e importante. O médico insere o dedo no reto do paciente e
sente a próstata através do tecido retal. É um teste rápido que pode
revelar o tamanho, o formato e a textura da próstata, se ela está
dura ou não, com ou sem calosidades. Com base no toque retal o
médico decide se testes adicionais se fazem necessários. |
Exames complementares
Os exames de sangue e de urina servem sobretudo para verificar se o
funcionamento renal já não foi comprometido pelo mal funcionamento da
próstata:
-
Exame sequencial de urina: Este teste pode
determinar a localização de uma infecção. São feitas três coletas de
urina: a primeira deve ter medida certa para carregar somente bactérias
que, possivelmente, estejam contaminando a uretra; a segunda amostra
deve coletar líquidos resultantes de uma massagem prostática, para
coletar fluido prostático; a amostra final deve conter a urina que
estava retida na bexiga, para que se determinem possíveis infecções
neste órgão.
-
Biópsia da próstata
-
Creatinina: É importante
no estudo da função renal. Estima-se que 10% dos portadores de HPB
evoluem com insuficiência renal;
-
PSA (antígeno prostático
específico): É considerado marcador importante, embora não seja
específico para câncer, uma vez que pode apresentar aumentos importantes
também em casos benignos, como a própria HPB, as infecções e os infartos
prostáticos;
-
Ultrassonografia
transabdominal: Trata-se de um método não invasivo que permite avaliar o
tamanho e a textura da próstata, resíduo urinário na bexiga e outras
alterações do trato urinário;
-
Ultrassonografia
transretal: É indicada quando há suspeita de câncer de próstata, em
particular para orientar a biópsia prostática;
-
Outros exames com
indicações específicas: Urofluxometria, Urodinâmica, Uretrocistoscopia,
Urografia Excretora, Uretrocistografia, etc.
Hoje em dia alguns testes podem fornecer
imagens da próstata. A tecnologia usada inclui o ultrassom, raio-x com
auxílio de corante que é injetado no sangue, ressonância magnética e CAT
scan. Estes dois últimos são feitos por equipamentos bastante sofisticados
que simplesmente reproduzem imagens de tecidos moles do corpo.
Tratamento
HPB
Confirmado o
diagnóstico de HPB, o primeiro ponto que você deve saber é que, se não for
tratada, essa doença, apesar de benigna, pode provocar complicações graves:
- retenção de grandes volumes de urina;
- comprometimento dos rins;
- predisposição para infecções urinárias,
etc.
Câncer de Próstata
É assustador,
mas não se pode fugir da realidade de que um câncer de próstata representa
hoje o tipo mais comum de câncer no homem. Estima-se que um em cada dez
homens vai desenvolver câncer de próstata em alguma fase de sua vida.
O tumor se
inicia na maioria das vezes na zona periférica, para depois crescer e
invadir as demais áreas da próstata. Pode permanecer confinado à glândula,
mas também pode se expandir, afetando as regiões vizinhas ou, em casos
avançados, alcançar partes mais distantes, a exemplo dos gânglios (do
sistema linfático) e dos ossos. São as conhecidas "metástases".
O diagnóstico
de câncer prostático, em geral, fundamenta-se nos seguintes exames:
- Toque retal;
- Determinação do nível de PSA (antígeno
prostático específico);
- Ultrassonografia transretal;
- Biópsia de Próstata.
O tratamento do câncer de
próstata é quase sempre de natureza cirúrgica (prostatectomia radical),
quando diagnosticado na fase inicial.
Outros tratamentos:
- Radioterapia;
- Hormonioterapia;
- Irradiação interstical;
- Criocirurgia.
Radioterapia interna ou Braquiterapia
O prefixo médico "braqui"
significa curto. Braquiterapia é o termo dado à aplicação de fonte ou
fontes radioativas o mais perto possível ou até dentro do tumor. Isto
permite que seja dada uma dose muito mais alta ao tumor sem expor
tecidos vizinhos, o que é impossível pela radioterapia externa. Outra
vantagem da braquiterapia é que a radiação (queda de dose) ocorre muito
mais rapidamente nos tecidos vizinhos, diminuindo nestes seus efeitos
deletérios (no caso da próstata, retite, cistite e dermatite actínica).
Na indicação da
braquiterapia, seu urologista concluiu que uma grande dose radiação é a
melhor opção de tratamento para um câncer de próstata localizado. A
braquiterapia é uma maneira de dar uma dose elevada de radiação num
curto espaço de tempo, o que seria impossível com a radioterapia externa,
pelas conseqüências nos tecidos vizinhos.
A braquiterapia ou
radioterapia interna, coloca um implante radioativo o mais perto
possível das células cancerosas. No lugar de um grande equipamento de
radioterapia, o material radioativo é acondicionado e isolado em
sementes ou cápsulas que serão introduzidas
no seu organismo por meio de cateteres, agulhas ou tubos, colocados
diretamente em contato com o tecido cancerígeno.As substâncias
radioativas mais comumente usadas são o césio, o irídio, o iodo, o
fósforo e o paládio.
A braquiterapia pode
ser usada no tratamento de neoplasias malignas da cabeça e pescoço (tireóide),
seios, útero, e próstata. Pode ainda ser associada à radioterapia
convencional externa.
Você pode ainda ouvir
os termos radioterapia intraluminal (tubos do corpo como esôfago,
intestinos, estômago) ou intracavitária (cavidade natural do corpo, como
a boca, vagina, narinas), mas o termo que ganhou força é a braquiterapia,
e seu implante, sementes ou cápsulas.
Para a maioria dos
implantes é necessária uma forma de anestesia, que pode ser regional ou
geral. No caso da próstata, a mais utilizada é a regional (raquianestesia
ou peridural), pois haverá apenas manipulação abaixo do umbigo. São
ainda necessários equipamentos de imagem para determinar com precisão o
local o implante das sementes, sendo a ecografia (ultrassom) e a
radioscopia (RX em tempo real) os mais utilizados.

A indicação da
braquiterapia para o câncer de próstata se faz em homens com doença
localizada (TMN:T1-T2a), Gleason baixo ou moderado (6 ou menos),
próstatas pequenas ou menores que 60 gramas, expectativa de vida (condições
clínicas) de pelo menos 10 anos e risco cirúrgico razoável. Algumas
situações dificultam o implante das sementes e devem ser avaliadas
pelo seu urologista antes da indicação da braquiterapia, como
tratamento cirúrgico prévio (ressecção endoscópica ou prostatectomia
transvesical), hormonioterapia prévia prolongada (oral ou injetável).
Ainda, algumas situações contra-indicam o procedimento, como PSA
elevado acima de 20ng/ml, próstatas volumosas acima de 60 gramas,
doença a distância (metástases), cálculos prostáticos (corpos
amiláceos) e algumas variações anatômicas muito fechadas do arco
púbico (osso atrás do pênis) que impedem a exata localização das
sementes. Tais considerações são para que a braquiterapia possa
trazer benefício ao cliente e não gastos desnecessários e prejuízo à
sua saúde. Como ficou bem claro, apenas alguns pacientes irão se
beneficiar deste método. Para os que não se encaixam nas condições
ideais, não haverá benefício algum. Esta seleção rigorosa é
necessária para que o tratamento seja bem sucedido.
Não é um método
isento de complicações, algumas graves como veremos a seguir. Estas
podem ser agudas (logo após o procedimento) como a dor perineal
(entre o escroto e o ânus), sangramento urinário (perfuração da
uretra ou bexiga) e retenção urinária são as mais comuns. As
complicações subagudas ocorrem após 2 a 4 meses do procedimento,
sendo as mais comuns os sintomas irritativos e obstrutivos como
urina frequente com pouco volume, ardência urinária, jato urinário
enfraquecido, necessidade de urinar à noite e sensação de bexiga
cheia. As complicações tardias mais comuns são as conseqüentes à
radiação, como a proctite ou retite actínica, cistite hemorrágica (actínica)
incontinência urinária e impotência sexual (disfunção erétil) pela
irradiação da inervação erigente, a mesma que tentamos proteger na
cirurgia radical durante a dissecção da próstata e vesículas
seminais.
Geralmente após o
procedimento o paciente volta para o quarto e não há risco algum de
contaminação do médico, enfermagem e familiares. Podem ser
instituídos cuidados com urina e fezes, dependendo do implante
utilizado. Assim, após a alta o paciente pode voltar às suas
atividades normais.
Crioterapia, Criocirurgia ou
Crioablação no Câncer de Próstata
Consiste na introdução de uma sonda ou probe que produz
temperaturas baixíssimas, que destroem o tecido por
congelamento. Após, haverá necrose tecidual e o material
necrótico será retirado pelos macrófagos (células que
retiram do nosso organismo células mortas ou doentes),
com posterior cicatrização do tecido normal, tendo o
tecido canceroso teoricamente sido destruído. As
indicações da criocirurgia são muitos semelhantes às da
braquiterapia e as complicações mais graves, como
congelamento e perfuração do reto, bexiga, uretra e suas
conseqüências. A dificuldade da criocirurgia é ter
certeza de que as margens cirúrgicas estão seguras (livres
de tumor), uma vez que não se obtém material para exame
anátomo-patológico.
Prevenção
Atualmente, o câncer de próstata já é o terceiro tumor maligno
mais diagnosticado no Brasil e o quinto que mais mata. Como a
doença não provoca sintomas em sua fase inicial, o Instituto
Nacional do Câncer e a Sociedade Brasileira de Urologia
recomendam que todo homem a partir dos 40 anos faça uma
avaliação clínica anual, uma vez que, com a detecção precoce,
esse tipo de câncer tem elevado potencial de cura.
Porque os casos de câncer de próstata vem sendo cada
vez mais frequentes? |
Entre 1980 e 1990 houve um aumento de 65% na incidência dessa
doença, muito provavelmente devido aos avanços dos métodos
diagnósticos. Como 80% dos casos de câncer de próstata são
detectados em homens com mais de 65 anos, é bem possível que a
sua incidência cresça com a elevação da expectativa de vida do
brasileiro, cuja tendência é ultrapassar a barreira dos 70 anos
no ano 2020, segundo dados oficiais.
Como evitar que a doença atinja cifras alarmantes de
mortalidade? |
O
surgimento do câncer ainda não está totalmente esclarecido pela
ciência, embora já se conheçam muitos fatores de risco para seus
vários tipos. Assim sendo, a detecção precoce do câncer, ou seja,
no estágio inicial da doença, ainda á a melhor forma de
prevenção, visto que, nessa fase, há um grande potencial de cura
com radioterapia ou cirurgia.
De que forma o homem deve proceder para se prevenir? |
A
partir dos 40 a 45 anos todo homem deve procurar um urologista
anualmente para fazer uma avaliação clínica da próstata, ainda
que esteja se sentindo bem e não tenha histórico de câncer na
família. Essa avaliação consiste no toque retal - dada a
proximidade da próstata com o reto - , um exame indolor qu
permite ao médico identificar possíveis lesões na região. Além
disso, a Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que, nessa
faixa etária, todo homem realize um exame de sangue para dosar o
Antígeno Prostático Benigno (PSA),
substância que, quando apresenta níveis aumentados no organismo
masculino, pode indicar problemas prostáticos.
E quem tem histórico de câncer na família? |
Para homens que têm antecedentes familiares de câncer de
próstata, a preveção deve começar mais cedo, aos 40 anos,
devendo incluir a avaliação clínica e a dosagem de PSA no sangue,
anualmente. O mesmo vale para homens da raça negra, grupo no
qual há uma incidência maior (37%) do câncer de próstata.
Se os exames preventivos forem suspeitos, o
diagnóstico de câncer já fica confirmado? |
Não.
Para a confirmação recorre-se, em geral, à ultrassonografia
transretal, que possibilita a visualização da região e de seus
eventuais comprometimentos, ainda que estes sejam imperceptíveis.
O exame pode ser associado a biópsias dirigidas ou aleatórias
nas áreas suspeitas, que consistem na retirada de minúsculos
fragmentos da próstata para a análise de suas alterações.
Como a ultrassonografia é realizada? |
Uma
sonda em forma de bastão, devidamente protegida por um
preservativo, é introduzida no reto do paciente. Na
ultrassonografia com biópsia, a única diferença reside no fato
de que uma espécie de agulha é acoplada a essa sonda, de forma
que possa extrair fragmentos da próstata. Para evitar
sensibilidade, a região é anestesiada com xilocaína antes da
realização desses exames.
Os sintomas característicos de problemas na próstata,
como dor e dificuldade para urinar, podem ser sinais
de câncer? |
A
maioria desses sintomas decorre do aumento da próstata e, via de
regra, está relacionada a alterações benignas. É importante
salientar que o câncer de próstata em fase inicial, com grande
chance de cura, não provoca sintomas. Daí a necessidade de
avaliação anual com exame clínico e dosagem de PSA.
Entendendo o sistema urinário.
O que é
calculo renal.
Como
saber se você realmente tem calculo renal.
Causas da
formação do calculo renal.
Tratamentos para calculo renal.
O que os médicos falam sobre calculo renal.
Perguntas comuns sobre calculo renal.
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