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GLOMERULONEFRITE

Glomerulonefrite
Glomerulonefrite é uma inflamação do glomérulo, unidade
funcional do rim formada por um emaranhado de capilares, onde
ocorrem a filtragem do sangue e a formação da urina.
As glomerulonefrites podem ser primárias ou secundárias, agudas
ou crônicas. As primárias se instalam diretamente no glomérulo
e, em geral, são causadas por alteração imunológica resultante
de infecções por vírus ou bactérias. Conforme os sinais clínicos
que apresentem, elas recebem denominações específicas. A mais
comum é a nefropatia por IgA, ou doença de Berger, que se
caracteriza por presença de sangue na urina, pressão alta e, em
alguns casos, edema nas pernas.
As secundárias não se originam primariamente no glomérulo, mas
estão associadas a doenças, como hipertensão arterial, diabetes,
lúpus eritematoso, hepatites B e C, infecção pelo HIV, ou,
ainda, por alguns medicamentos. As causas mais frequentes,
porém, são diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica.

As características e a evolução da doença variam muito. Por
exemplo, a nefropatia por IgA pode entrar em remissão espontânea
e exige apenas que o paciente seja mantido em observação. No
entanto, há casos graves em que a evolução da doença renal é
rápida, agressiva, e os portadores da enfermidade devem ser
encaminhados para diálise ou transplante de rins.
Entendendo melhor a
glomerulonefrite
Todos os nosso órgãos são compostos por unidades básicas de
funcionamento. Temos os neurônios no cérebro, os hepatócitos no
fígado, os alvéolos no pulmão, etc... No rim, a unidade básica é
o néfron.
Cada rim possui um milhão de néfrons. Essas unidades
microscópicas são as responsáveis pela filtragem do sangue e
pelas substâncias produzidas nos rins. Cada néfron é composto de
um glomérulo e seu respectivo túbulo renal.
Essa coisinha "simples" aí da imagem abaixo é um néfron com seu
glomérulo, vasos sanguíneos e túbulo renal. Não é preciso
entender o desenho, ele é apenas ilustrativo.
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Glomerulonefrites
Podemos resumir o
funcionamento do rim da seguinte maneira:
O sangue que chega ao rins, passa obrigatoriamente pelos
glomérulos, um conjunto de microscópicos capilares enovelados
que possuem uma membrana filtradora na sua parede. O glomérulo é
o verdadeiro filtro do organismo.
O sangue chega por uma arteríola (uma artéria microscópica),
passa por vários capilares dentro do glomérulo, sofre o processo
de filtração e depois retorna a corrente sanguínea. Tudo o que
foi filtrado pelos capilares vai em direção ao túbulo renal. No
túbulo renal, algumas importantes substâncias filtradas como
glicose, sódio, potássio, cálcio entre outras, serão
reabsorvidas de acordo com as necessidades do organismo antes da
urina estar pronta. Só sai na urina o que não é necessário ou
está em excesso.
Podemos
dizer que o glomérulo separa o que vai para a urina
e o que volta para o sangue, enquanto que os túbulos
definem o quanto de cada substância filtrada vai
realmente sair na urina. |

GLOMERULO
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Por exemplo, se tivermos com o potássio baixo no sangue, o
túbulo vai reabsorver todo o potássio que for filtrado impedindo
que este saia na urina. Se o potássio estiver alto, ele não vai
reabsorver nada.
Substâncias grandes, como as proteínas, não são filtradas por
serem maiores que os poros da membrana glomerular. Elas nem
chegam ao túbulo. Por isso, uma urina normal quase não tem
proteínas em seu conteúdo.
O processo final da filtração glomerular e reabsorção tubular
destes 1 milhão de néfrons é que forma a nossa urina.
Portanto, como é o
glomérulo o principal responsável pela filtração do sangue,
qualquer doença que o acometa, afeta a função dos nossos rins.
Existem 2 tipos básicos de lesão dos glomérulos:
- Síndrome nefrítica ou glomerulonefrite.
- Síndrome nefrótica, explicada com detalhas em outro texto
(leia SÍNDROME NEFRÓTICA)
Na síndrome nefrítica, um processo inflamatório causa lesão e
reduz a capacidade do glomérulo de filtrar o sangue, causando um
quadro de insuficiência renal aguda, hipertensão e sangue na
urina.
Na síndrome nefrótica o mais comum é lesão na membrana
glomerular sem inflamação evidente. Podemos fazer a analogia com
coador furado. As proteínas que normalmente não são filtradas,
quando há lesões na membrana do glomérulos, "vazam" em direção
ao túbulos e são indevidamente eliminadas na urina. Por isso,
perda de proteínas na urina, chamada de proteinúria, é um sinal
de doença glomerular. Na verdade, a proteinúria é sinal de
doença, mas também é responsável pela progressão da mesma. Os
túbulos não estão preparados para receber proteínas e, na
tentativa de reabsorvê-las de volta ao sangue, suas células
acabam sofrendo lesão.
Portanto, em um primeiro momento a proteinúria nos mostra que há
algo de errado no rim. Se não tratada, ela passa a ser mais um
fator de agressão e evolução para insuficiência renal.
Não é incomum encontrarmos síndrome nefrótica e síndrome
nefrítica ao mesmo tempo, basta que haja lesões na membrana
glomerular e intensa atividade inflamatória no glomérulo.
Qual a causa das doenças glomerulares ?
As doenças glomerulares têm várias causas. Didaticamente são
divididas em primárias, quando não há etiologia aparente, ou
secundárias, quando ocorrem devido a alguma doença sistêmica.
Entre as glomerulopatias secundárias (nefrítica e/ou nefrótica)
podemos citar algumas causas:
- Lúpus;
- Hepatite B;
- Hepatite C;
- HIV;
- Diabetes;
- Obesidade mórbida;
- Uso de heroína;
- Sífilis;
- Granulomatose de Wegener;
- Doença de Goodpasture;
- Câncer;
- Faringites ou lesões de pele pela bactéria Estreptococos (glomerulonefrite
pós infecciosa);
- Infecções de pele causadas pela bactéria Estreptococos, como o
impetigo;
- Amiloidose.
Já as glomerulopatias primárias são:
- Glomeruloesclerose segmentar e focal (Síndrome nefrítica e/ou
nefrótica)
- Doença de lesão mínima (Síndrome nefrótica)
- Nefropatia membranosa (Síndrome nefrótica)
- Glomerulonefrite membranoproliferativa (Síndrome nefrítica
e/ou nefrótica)
- Nefropatia por IgA (Síndrome nefrítica).
Amarrando os conceitos, podemos dizer que as glomerulopatias
secundárias são aquelas causadas por alguma doença e que as
glomerulopatias primárias são a própria doença.
Cada uma destas doenças glomerulares tem quadro clínico,
prognóstico e tratamento distintos. Por isso, o diagnóstico do
tipo de lesão glomerular e o reconhecimento da presença ou não
de doença sistêmica associada é vital para o tratamento.
Análises de sangue podem evidenciar insuficiência renal através
do aumento da creatinina e proteínas sanguíneas, como a
albumina, em valores baixos pela excesso de perda urinária.
Análises de urina podem demonstrar sangue e perda de proteínas.
O exame físico pode identificar hipertensão e edemas pelo corpo.
Porém, esses fatores apenas sugerem a presença de uma doença
glomerular, sem estabelecer qual dos tipos descritos acima se
trata. Isto é particularmente real nas glomerulopatias
primárias. É claro que se um paciente tem hepatite C e de
repente começa a apresentar sinais de glomerulopatia, a causa da
lesão renal é mais ou menos óbvia. O problema é que algumas
doenças como o lúpus podem causar diferentes tipos de
glomerulonefrite e lesão glomerular, sendo necessário diferentes
tratamentos para cada uma.
Por tudo isso, o exame definitivo par o diagnóstico das
glomerulopatias é a biópsia renal. A biópsia além de definir o
tipo de glomerulonefrite, também fornece indicações do
prognóstico da doença. Se na amostra da biópsia evidenciarmos
várias lesões graves e muitas cicatrizes, dificilmente este
doente irá responder aos medicamentos.
Como a maioria das glomerulonefrites e glomerulopatias têm
origem em fatores imunológicos, às vezes relacionados a doenças
auto-imunes, o tratamento se baseia no uso de imunossupressores
pesados como corticóides, ciclofosfamida, ciclosporina,
azatioprina e micofenolato mofetil. Se na biópsia já se
identifica muita lesão avançada e pouca possibilidade de cura,
muitas vezes o tratamento trás mais complicações do que alguma
melhora.
Em relação ao prognóstico, vários fatores interferem. Algumas
doenças como a lesão mínima e a nefropatia por IgA são
naturalmente mais benignas do que a nefrite lúpica ou a
glomerulonefrite secundária a granulomatose de Wegener que
evoluem muito mal se não tratadas a tempo.
As glomerulopatias ficam apenas atrás do Diabetes e da
hipertensão como causas de insuficiência renal crônica com
necessidade de hemodiálise. O grande problema é que elas são mal
diagnosticadas e, muitas vezes, mal tratadas.
Se você tem algum sinal que possa sugerir uma doença glomerular,
principalmente sangue ou proteínas na urina (mesmo que em
pequena quantidade), a não ser que a causa seja óbvia como em
uma infecção urinária ou cálculo renal, deve-se sempre procurar
a ajuda de um nefrologista.
Entendendo o sistema urinário.
O que é
calculo renal.
Como
saber se você realmente tem calculo renal.
Causas da
formação do calculo renal.
Tratamentos para calculo renal.
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