No hilo, a
veia renal está anterior à artéria renal, que está anterior à pelve renal. O
hilo renal é a entrada para um espaço dentro do rim. O seio renal, que é ocupado
pela pelve renal, cálices, nervos, vasos sangüíneos e linfáticos e uma variável
quantidade de gordura.
Cada rim apresenta duas faces, duas bordas e duas extremidades.
FACES (2) - Anterior e Posterior. As duas são lisas, porém a
anterior é mais abaulada e a posterior mais plana. BORDAS (2) - Medial (côncava) e Lateral (convexa).
EXTREMIDADES (2) - Superior (Glândula Supra-Renal) e Inferior (a
nível de L3).

ANATOMIA INTERNA DOS RINS
Em um corte frontal através do rim, são reveladas duas regiões distintas: uma área avermelhada de textura lisa, chamada córtex renal e uma área marron-avermelhada profunda, denominada medula renal. A medula consiste em 8-18 estruturas cuneiformes, as pirâmides renais. A base (extremidade mais larga) de cada pirâmide olha o córtex, e seu ápice (extremidade mais estreita), chamada papila renal, aponta para o hilo do rim. As partes do córtex renal que se estendem entre as pirâmides renais são chamadas colunas renais.
Juntos, o córtex e as pirâmides renais da medula renal constituem a parte funcional, ou parênquima do rim. No parênquima estão as unidades funcionais dos rins – cerca de 1 milhão de estruturas microscópicas chamadas NÉFRONS. A urina, formada pelos néfrons, drena para os grandes ductos papilares, que se estendem ao longo das papilas renais das pirâmides.

Os dutos drenam para estruturas chamadas cálices renais menor e maior. Cada rim tem 8-18 cálices menores e 2-3 cálices maiores. O cálice renal menor recebe urina dos dutos papilares de uma papila renal e a transporta até um cálice renal maior. Do cálice renal maior, a urina drena para a grande cavidade chamada pelve renal e depois para fora, pelo ureter, até a bexiga urinária. O hilo renal se expande em uma cavidade, no rim, chamada seio renal.

NÉFRONS
O néfron é a unidade morfofuncional ou a unidade produtora de urina do rim. Cada rim contém cerca de 1 milhão de néfrons.
A forma do néfron é peculiar, inconfundível, e admiravelmente adequada para sua função de produzir urina.
O néfron é formado por dois componentes principais:
a. Corpúsculo Renal:
b. Túbulo Renal:
-
Túbulo
contorcido proximal;
-
Alça do
Néfron (de Henle);
-
Túbulo
contorcido distal;
-
Túbulo
coletor.

FUNÇÕES DOS RINS
Os rins realizam o trabalho principal do sistema urinário, com as outras partes do sistema atuando, principalmente, como vias de passagem e áreas de armazenamento. Com a filtração do sangue e a formação da urina, os rins contribuem para a homeostasia dos líquidos do corpo de várias maneiras. As funções dos rins incluem:
-
Regulação da
composição iônica do sangue;
-
Manutenção
da osmolaridade do sangue;
-
Regulação do
volume sangüíneo;
-
Regulação da
pressão arterial;
-
Regulação do
pH do sangue;
-
Liberação de
hormônios;
-
Regulação do
nível de glicose no sangue;
-
Excreção de
resíduos e substâncias estranhas.
GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS
As glândulas supra-renais (adrenais) estão localizadas entre as faces supero-mediais dos rins e o diafragma. Cada glândula supra-renal, envolvida por uma cápsula fibrosa e um coxim de gordura, possui duas partes: o córtex e a medula supra-renal, ambas produzindo diferentes hormônios.
O córtex secreta hormônios essenciais à vida, enquanto que os hormônios medulares não são essenciais para a vida. A medula da supra-renal pode ser removida, sem causar efeitos que comprometem a vida.
A medula supra-renal secreta dois hormônios: epinefrina (adrenalina) e norepinefrina. Já o córtex supra-renal secreta os esteróides.
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URETER
São dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga.
Órgãos pouco calibrosos, os ureteres têm menos de 6mm de diâmetro e 25 a 30cm de comprimento.
Pelve renal é a extremidade superior do ureter, localizada no interior do rim.
Descendo obliquamente para baixo e medialmente, o ureter percorre por diante da parede posterior do abdome, penetrando em seguida na cavidade pélvina, abrindo-se no óstio do ureter situado no assoalho da bexiga urinária.
Em virtude desse seu trajeto, distinguem-se duas partes do ureter: abdominal e pélvica. Os ureteres são capazes de realizar contrações rítmicas denominadas peristaltismo. A urina se move ao longo dos ureteres em resposta à gravidade e ao peristaltismo.
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BEXIGA
A bexiga urinária funciona como um reservatório temporário para o armazenamento da urina. Quando vazia, a bexiga está localizada inferiormente ao peritônio e posteriormente à sínfise púbica: quando cheia, ela se eleva para a cavidade abdominal.
É um órgão muscular oco, elástico que, nos homens situa-se diretamente anterior ao reto e, nas mulheres está à frente da vagina e abaixo do útero.
Quando a bexiga está cheia, sua superfície interna fica lisa. Uma área triangular na superfície posterior da bexiga não exibe rugas. Esta área é chamada trígono da bexiga e é sempre lisa. Este trígono é limitado por três vértices: os pontos de entrada dos dois ureteres e o ponto de saída da uretra. O trígono é importante clinicamente, pois as infecções tendem a persistir nessa área.
A saída da bexiga urinária contém o músculo esfíncter chamada esfíncter interno, que se contrai involuntariamente, prevenindo o esvaziamento. Inferiormente ao músculo esfíncter, envolvendo a parte superior da uretra, está o esfíncter externo, que controlado voluntariamente, permitindo a resistência à necessidade de urinar.
A capacidade média da bexiga urinária é de 700 – 800ml; é menor nas mulheres porque o útero ocupa o espaço imediatamente acima da bexiga.

BEXIGA URINÁRIA MASCULINA

BEXIGA URINÁRIA FEMININA

URETRA
A uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo, sendo revestida por mucosa que contém grande quantidade de glândulas secretoras de muco. A uretra se abre para o exterior através do óstio externo da uretra.
A uretra é diferente entre os dois sexos.
URETRA
MASCULINA
A uretra
masculina estende-se do orifício uretral interno na bexiga urinária até o orifício uretral externa na extremidade do pênis. Apresenta dupla curvatura no estado comum de relaxamento do pênis. É dividida em três porções: a prostática, a membranácea e a esponjosa, cujas as estruturas e relações são essencialmente diferentes. Na uretra masculina existe uma abertura diminuta em forma de fenda, um ducto ejaculatório.

URETRA
FEMININA
É um canal membranoso estreito estendendo-se da bexiga ao orifício externa no vestíbulo. Está colocada dorsalmente à sínfise púbica, incluída na parede anterior da vagina, e de direção oblíqua para baixo e para frente; é levemente curva, com a concavidade dirigida para frente. Seu diâmetro, quando não dilatada, é de cerca de 6mm. Seu orifício externo fica imediatamente na frente da abertura vaginal e cerca de 2,5cm dorsalmente à glande do clitóris. Muitas e pequenas glândulas uretrais abrem-se na uretra. As maiores destas são as glândulas parauretrais, cujos ductos desembocam exatamente dentro do óstio uretral.

As uretras masculinas e a femininas se diferem em seu trajeto. Na mulher, a uretra é curta (3,8cm) e faz parte exclusivamente do sistema urinário. Seu óstio externo localiza-se anteriormente à vagina e entre os lábios menores. Já no homem, a uretra faz parte dos sistemas urinário e reprodutor. Medindo cerca de 20cm, é muito mais longa que a uretra feminina. Quando a uretra masculina deixa a bexiga, ela passa através da próstata e se estende ao longo do comprimento do pênis. Assim, a uretra masculina atua com duas finalidades: conduz a urina e o esperma.
CÁLCULO
RENAL E O SISTEMA URINÁRIO
Entendendo melhor o sistema
urinário, facilita a compreensão dos problemas relacionados a formação de cálculos
renais. O cálculo renal, urolitíase,
calculose urinária ou nefrolitíase, conhecido popularmente
como pedra nos rins, é um quadro agudo que se instala no aparelho urinário,
sendo mais comum nos homens do que nas
mulheres e provocando dor inesquecível. Na verdade,
cálculo renal é uma nomenclatura imprecisa. Melhor seria chamá-lo de cálculo das
vias urinárias porque pode acometer qualquer ponto do aparelho urinário
constituído pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra.
Entendendo o sistema urinário.
O que é
calculo renal.
Como
saber se você realmente tem calculo renal.
Causas da
formação do calculo renal.
Tratamentos para calculo renal.
O que os médicos falam sobre calculo renal.
Perguntas comuns sobre calculo renal.